sábado, 30 de junho de 2007

Delirium


Ouço-te em tua ausência,

E dizes o que mais quero ouvir

Nisso pergunto a mim mesmo

Se o que dizes sou eu a me mentir

E tu falas de encanto e alegria,

De cores e primaveras a porvir

E eu me perguntando em poesia

Se o que dizes sou eu a me mentir

Olho aos redores de meu espaço

Nas calçadas, avenidas o ir e vir

Mas o que vejo sou eu num descompasso

Me dizendo o que eu necessito ouvir

E julgo meus pensamentos enganadores

E me irrito com este estado febril

Mas quando fecho os olhos, novamente

Ouço-te, eu me dizendo, o que tu jamais sentiu

E vejo-me dividido nestas vozes

Em palavras que me atravessam o pensamento

E o que me resta é rogar que tais acordes

Se calem sequer por um momento.

7 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

Olá, meu camarada. Gostei do poema que fala dessa eterna construção da musa, ou do nome que tenha - o poeta construindo-a em sua ausências até que ela se torne (pelo menos na poesia) palpável ou uma dor de cabeça! O estado febril da luta com as palavras pra se entender alguém, ou para materializá-la está muito bem representado aqui! Abraços!

Kleber disse...

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ei amigo, agora converso nesse endereço. Abração!

Anônimo disse...

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Kleber disse...

Felipe, se entregue as vozes. Melhor que o silêncio. Afinal o silêncio tem mais dificuldade em ser mostrar plurisignificativo. Abraço!

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Os acordes devem se calar para que possamos ver a realidade? Mas o que fazer quando esta não passa de fugaz fragmento perceptivo? Do que fui, do que sou e do que desejo ser.

Construiça-se belo! Ou melhor, perceba-se assim!

Me senti aqui...
Bjs

Anônimo disse...

bom comeco

Anônimo disse...

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