quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Soneto

 

Este estado em que me vejo desconheço

Duvidoso eu me sinto estou certo

Quando chega esta rosa de mim perto

Implica-me a oscilar do que mereço

 

Tanto percebo que a teu lado estou forte                     

Tanto confesso que em distancia padeço

Mas que fenômeno é tal que não conheço?

Que sem ele encontrar prefiro a morte

 

Da mocidade meus olhos não passaram

Mas o que sinto em momentos causa dor

Se tão novos meus olhos já choraram

 

Antigos então, jamais serei quem sou

Pois já não sei se o que estes olhos encontraram

É o que todos chamam de amor.

 

5 comentários:

Pequena Poetiza disse...

acredito que no momento em que acreditas que é amor... é porque o é de verdade.
o amor não se duvida
nem se especula
simplismente é
mesmo que sejam momentos
"que seja eterno enquanto dure"

então você o saberá.

gostei muito dos teus escritos

beijos

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Cada amor é um novo amor. Mesmo que os olhos tenham chorado, mesmo que nos julguemos não merecedores. O medo é nosso, não dele...

Felicidades, querido!

Bjs!

PS.: Este foi difícil de sair...rs

Fernanda Vaitkevicius disse...

Amor não tem explicação mesmo... e cada um tem seu lugar cativo dentro da gente, ainda que passe com o tempo.

Obrigada pela visita e por me permitir conhecer também seu espaço.

Mil beijos.

Flaveetcho disse...

amor todo mundo merece, pena que as vezes seja preciso sofrer.. rs..
Abraçãao. ;)

iILÓGICO disse...

Cara gostei muito! Você conhece Catulo da Paixão Cearense? Aí vai um pedacito:
Se tu desejas saber o que é o amor
E sentir o seu calor
O amaríssimo travor do seu dulçor
Sobe um monte á beira mar, ao luar
Ouve a onda sobre a areia a lacrimar
Ouve o silêncio a falar na solidão
De um calado coração
A penar, a derramar os prantos seus
Ouve o choro perenal
A dor silente, universal
E a dor maior, que é a dor de Deus

Lembrei dele quando li seu poema.