segunda-feira, 12 de março de 2007

Vieses

Podemos fantasiar a vida

Dar a ela um valor poético

Mas quando perde sangue

Todo poeta vira cético...

Podemos fantasiar a vida

Dar a ela um valor religioso

Mas quando perde sangue

Todo padre procura encosto...

Podemos fantasiar a vida

Dar a ela um belo salvador

Mas quando se perde sangue

É você quem sente dor...

Podemos fantasiar a vida

Dar a ela valor de contentamento

Mas quando se perde sangue

Quem ri por um momento..?

Eu posso fantasiar a vida...

Dar a ela uma bela melodia

Mas se eu perder meu sangue

Você veria minha agonia..?


Escrito por Filipe M. Vasconcelos

7 comentários:

Anônimo disse...

Oi filipe!!!
Tbm gostei do seu espaço, e posso dizer o mesmo que você disse do meu: foi bom encontrar este sítio. Fazia tempo que não lia uma poesia onde a musicalidade e o conteúdo entrassem em equilíbrio de uma forma tão harmoniosa!
Parabéns pelo texto. E como ontem foi o dia do poeta e da poesia, parabéns dplamente pelo texto e pelo dia!!!

beijos

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Filipe! Estou aqui retribuindo a sua gentil visita nas trincheiras do meu blog. Muito bom o teu espaço, gostei desse poema, que mostra o quando nossas lutas, nossos caminhos, nossos desejos são entrecortados por rupturas, por atos de violência, que muitas vezes desvia, outras nos torna mais duras para a caminhada! Gostei. Voltarei mais vezes!

Anônimo disse...

Oi filipe,

ué, vc mudou de blog?

como sempre, curto as poesias

Anônimo disse...

Poesia e realismo.Gostei.Obrigado por ter ido lá no blog.Gostei da sua escrita e volto.Abraço.

Marco disse...

Belo poema. Gosto de textos pungentes assim. Valeu. Tenha uma boa semana. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.

Anônimo disse...

Olá Filipe, meu querido amigo. Foi com pesar que havia constatado o sumisso das suas poesias do ato poetico. É com alegria, pois, que venho ao seu novo blog. E é com mais alegria ainda que leio suas duas poesias com V. Ambas muito, muito bem escritas! Velhice lembrou-me um verso do Mario Quintana... depois pego ele certinho para ti. E esse vieses... olha isso: "Mas cada homem não é apenas ele mesmo; é também um ponto único, singularíssimo, sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos do mundo se cruzam daquela forma uma única vez e nunca mais. Assim, a história de cada homem é essencial, eterna e divina, e cada homem, ao viver em alguma parte e cumprir os ditames da Natureza, é algo maravilhoso e digno de toda atenção. Em cada qual um dos seres humanos o espírito adquiriu forma, em cada um dele a criatura padece, em cada qual é crucificado um Redentor" Hermann Hesse. Beijos, e seja bem vindo de volta a blogesfera

Anônimo disse...

Olá, Filipe,

Vim retribuir a visita e dizer que voltarei mais vezes. Poema pensante, lascivo, ainda há vida no mundo virtual.

Bjos.