sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Contido


Escrevia-lhe uma poesia

Sobre rancor

Mas enquanto escrevia

Me perdia

E falei de amor

Envergonhado, me assustei

Pasmo e pensativo

fiquei

 nas suas mãos

enquanto nas minhas

os dedos tremias

de solidão

Fechei os olhos

E também os papéis

Quebrei os grafites

Como o pintor quebra pincéis.

E, revoltado,

rasguei o poema

e me encontrei

igualmente rasgado

em seu dilema...

7 comentários:

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Quem dera se ao quebrar grafites e pincéis, fossem quebrados os motivos que tomaram o lugar do rancor em seus versos...pois esses não parecem ser plenos...

Bjs...e vc já está lá no Degustação, viu?!

Flaveetcho disse...

Gente, que massa.
Adorei.

A gente pode tentar medidas mais fortes pra mandar certos sentimentos pra longe, mas eles teimam e ficam. E a agonia parece que é ainda maior. =/

Adorei aqui. :D

Nique disse...

Boa Noite!
Adorei seu blog e as coisas que você escreve entao.. Maravilhosas!
Parabens moço :D

beijooos e continue assim!

Rubens Mimoso disse...

daria uma canção...
simples
fácil
pessoal
profunda


abraço

Anônimo disse...

ai q poema lindoo

adorei seu blog e sua forma de escrever

parabénss
bjus

Mnemosine disse...

me sinto contida.é como algo para além de mim.

Luna disse...

lindo... dos poemas que li até agora de seu blog, nesse é o que vejo mais força, mais rompimento de formatos que aprisionam sentimentos. Adorei.