Então um dia,
o poema disse à poesia:
- Sem você não há alegria,
Não há euforia, não há furor...
Recatada,
Replicou a poesia:
- Sem um poema a admirar
Até mesmo a mais bela poesia
Jamais provocará ardor...
Já o poeta,
Enciumado dos seus personagens
Lacrimeja inconstante
Por se deparar que no papel
Criou um amor inventado e fiel
A que nunca tivera antes.
6 comentários:
Filipe!
Hoje preciso me calar
pra ouvir só esse Amor falar...
Um Beijo Grande.
Penha.
Hum...lembrei do que você me disse uma vez: " Cuidado com a dimensão que a escrita tem tomado na sua vida"
... mas se todas as realidades são inventadas, o poeta vive uma realidade tb...
"És uma contrução tão bonita/ que te materializar erradicaria/ tantas belas metáforas/ ainda por dizer".
Isso tb tem beleza...E ah, tem faltado poemas...
Maravilhoso Filipe!
O Poeta recatado e tímido como a poesia, não se deu conta que externou o que é latente dentro de si.
E agora contempla assustado com medo de viver o seu amor agora externado em forma de criação.
O ciúme... ah o ciúme...que delícia, foi só seu impulso...
Um grande abraço.
Palavras...rs, ainda me supreendo com elas. Me confundi por instantes... concordo com a Penha, só tenho dúvidas se o poeta não se deu conta... ou se a poesia ainda não se fez clara... o desejo de ambos, poeta e poesia, é de se encantarem apenas com as promessas de "um amor inventado e fiel a que nunca tivera(m) antes"... ?
Cavalheiro,
Neste mundo *prurissignificativo*, a ficção subjetiva de "O poema e a poesia", aqui nos revelada, é de tal perfeição que, realmente, esvair-se em lágrimas é desfecho mais que sublime para o seu deslumbrado criador.
Sem falar dos chorosos súditos webespectadores ...rsrs.
Meu amigo,maravillhada,despeço-me.
Beijo no coração.
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