Os chinelos no tapete...
Não deixe meu bem, os chinelos no tapete.
A porta de nossa casa fica estranha.
Os chinelos, meu bem, não deixe
No tapete da porta de entrada.
Não, não tire, meu bem
Os chinelos do tapete.
Os chinelos da sua entrada.
Não tire os chinelos
Senão eu me sinto estranho.
Teus chinelos precedem
Nossos sorrisos tamanhos.
Não, não deixe, meu bem
Os chinelos em outra porta
Não deixe em uma porta estranha
Não abandone nossa casa, meu bem
Nem minha saudade tamanha.
3 comentários:
e volta o cão arrependido...
Filipe,
É o reconhecimento do Norte...
As vezes aquilo que parece nos incomodar é exatamente o que nos sustenta e nos dá vida.
Um beijo.
Os chinelos devem seguir os passos de qual destino, de qual vontade? Seguir o caminhar dos pés a que foram escolhidos ou esperar pelos passos dos outros? Há um "desgaste" mesmo quando não estam em movimento, mesmo parados à mercê de outros passos...
"Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta"...
Lembrei dessa minha paixão...
Bjs saudosos!
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