terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Angústia



Quando meu grito soa

Pelos cantos do mundo

Nenhuma matéria recua

Tingida pelo segundo

 

Quando meus gestos reclamam

Algum movimento profundo

Não há mover provocado

Meu ato jamais foi fecundo

 

Eu quero pedir licença

Retirar-me um momento

Pois meu corpo hoje ocupa

Mais espaço que meu pensamento

 

Eu quero sair em silêncio

Me enfiar em alguma via escura

Pálido e trêmulo

Para viver a minha angústia

 

3 comentários:

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Para viver uma angústia ou a angústia de um viver?

Meu poeta...

Este sentir que tateia nossos labirintos biológicos nos alimenta de uma prisão que nos retira o ar, não é?! Pois a ti desejo brisa leve... ar fresco e um vendaval de acolhimento!

Hj não te beijo, te aperto forte!

Filipe...oba, suas letras...enfim!

Flaveetcho disse...

Angustia é por demais desesperante.

só me dá vontades de gritar...

isso foi extremamente muito bom. (:

D Z disse...

Caro poeta,

Quando o corpo ocupa mais espaço que o pensamento, definitivamente, alguma coisa não está certa...

Belos versos!

Uma ótima noite para vc!

Bjs!

Dany