quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dizeres


Direis que louco és por tal senhora

Pois digo, por ela,

Louco também sou

Mas se teu peito nela se consola

Ao meu peito cabe apenas

Morrer de amor..


Amor de peito, dela me devora

Se em ti ela pode dar calor

Mas se teu olhar a mim já não demora

A ti ela causa tanta dor...


Dor esta, meu caro, que nos machuca

Como tal ninguém pode vencer

E este amor que a tanto nos perturba

Leva-nos aqui tanto a sofrer.

Bem sei que nessa vida que perdura

Por ela, vamos juntos,

Se odiar até morrer...

4 comentários:

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

E, depois de tanta luta ter feito
Pelos palcos do confronto e além...
Verão que não existe nem amor nem nada perfeito
E que a vida é mesmo o único bem?

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Nossa, essa deve ser, parodiando Guimarães Rosa: "a mulher a", para precisar a dimensão que você nos apresenta aqui. Lembra do "Ménage à trois", do Degustação? Pois bem, pergunto em avesso: onde está o VERBO deste amor?

Bjs Lipe...

Paula: pesponteando disse...

E tuas palavras nos deixa sem palavras...seu lirismo contagia e inebria até o mais moderado coração...e nos faz sentir a sofreguidão dos amantes...

bjs

Unknown disse...

No triângulo formado, um dos lados não se encaixa mais na (im) perfeição das duas partes... o encontro já se quebrou. E da quebra se fez arte e com a arte se faz amor.
E se, com o amor da arte, a dor do peito não for embora, que se façam outras artes, que de artes há recompensa, se formam um outro amor.
um beijo para meu amigo poeta.