Direis que louco és por tal senhora
Pois digo, por ela,
Louco também sou
Mas se teu peito nela se consola
Ao meu peito cabe apenas
Morrer de amor..
Amor de peito, dela me devora
Se em ti ela pode dar calor
Mas se teu olhar a mim já não demora
A ti ela causa tanta dor...
Dor esta, meu caro, que nos machuca
Como tal ninguém pode vencer
E este amor que a tanto nos perturba
Leva-nos aqui tanto a sofrer.
Bem sei que nessa vida que perdura
Por ela, vamos juntos,
Se odiar até morrer...
4 comentários:
E, depois de tanta luta ter feito
Pelos palcos do confronto e além...
Verão que não existe nem amor nem nada perfeito
E que a vida é mesmo o único bem?
Nossa, essa deve ser, parodiando Guimarães Rosa: "a mulher a", para precisar a dimensão que você nos apresenta aqui. Lembra do "Ménage à trois", do Degustação? Pois bem, pergunto em avesso: onde está o VERBO deste amor?
Bjs Lipe...
E tuas palavras nos deixa sem palavras...seu lirismo contagia e inebria até o mais moderado coração...e nos faz sentir a sofreguidão dos amantes...
bjs
No triângulo formado, um dos lados não se encaixa mais na (im) perfeição das duas partes... o encontro já se quebrou. E da quebra se fez arte e com a arte se faz amor.
E se, com o amor da arte, a dor do peito não for embora, que se façam outras artes, que de artes há recompensa, se formam um outro amor.
um beijo para meu amigo poeta.
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