O mundo é tudo o quanto vejo da minha janela,
e nada mais que isso.
O mundo é tudo o que vejo e me consome.
A terra não gira em torno do sol,
o sol é que gira em torno dos meus olhos e,
tudo o que vejo, quando vejo, passa a existir.
Eu criei o amor de meus amores,
e seus gestos mais bonitos.
Se eu morrer, tudo isso morre.
Morre o sol, morre o amor, morrem os gestos
mais bonitos.
Se eu morrer, morre tudo,
até minha janela.
Se eu morrer, morre o mundo. Morre comigo
tudo o que me consome.
O mundo sou eu, eu sou o mundo.
A par disso, nada mais importa.
3 comentários:
Não é bem assim, quando morre um amor meu,
Morre pro outro, não morre pra mim!
Ninguém e nada substitui ninguém.
Se você parti ou morre, eterniza o seu significado
Pro outro, mesmo que este outro seja só um.
Deixa sim a sensação de abandono que parece
Não passar mais!
Um abraço de vida pra você!
Sabe que sou contra interpretar poemas... pois a cada um assumem o significado que necessita... Mas diante desse, deixo um trecho:
Morrer.
Morrer de corpo e de alma.
Completamente.
Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?
Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."
Morrer mais completamente ainda,
_ Sem deixar se quer esse nome.
(Manuel Bandeira)
"E a par disso, nada mais importa."
...se eu escrever vira eterno e vive...só assim desejo ser imortal!
bjs
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