segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Poema Declarado
Gritou em mim qualquer coisa muda
Que de tão calada suspeitei inexistir
E por estar há tempos então reclusa
Agora me vem desacordada consumir
Confesso que, imaginei, fosse exagero
Que essa coisa fosse sim uma utopia
Mas por hora me arrebata por inteiro
E torna pragmática essa metafísica filosofia
Enquanto adormecida eu zombava
Dos pobres mortais, por ela vencidos,
E dos animais que ela regia.
Hoje não suspeito que ela encravava
Silenciosamente no meu peito destemido
Suas garras enquanto eu dormia.
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5 comentários:
Calada fiquei eu diante do seu poema... Muito expressivo, meu amor! Saibas que em mim, tão utópica quanto clichê, ela já fez morada.
Que confissão Linda Filipe!
Que bom que você dormia, você tinha controle sobre si e não sabia!!!
E Ela ainda vai além, como se, se materializasse, vira alguém, alguém...
Tem vida própria...
Mas uma vez o chico foi perfeito:
O que será que me dá...
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar...
E que me faz mentir e me faz suplicar...
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia...
Um Beijo
Pobre mortal, quem sente por quem não sente e não sabe o que é sentir
diferente, e tendo a frente, mais pobre e mais mortal quem não sente nem mesmo o que o outro senti.
Aê Filipe! Botou para fora o mais nobre dos sentimentos. Ficou muito bonito isso, expressão de sentimento contido é um alívio para a alma dos poetas! Parabéns.
Não estava mudo, não no corpo de um poeta. Estava à espera da palavra que concretiza o seu "ser amado",que outros teimam em dizer "ser humano"...
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